quarta-feira, 22 de julho de 2009

Potencial econômico da Amazônia pouco aproveitado.

Apesar de ter a maior biodiversidade do planeta, o Brasil aproveita "muito pouco" o potencial econômico de sua riqueza biológica. A informação foi dada ao Jornal O Estado de São Paulo por especialistas, às vésperas da 61ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que começa hoje à noite em Manaus.
Estatísticas mostram que o potencial econômico da biodiversidade brasileira ainda está longe de ser aproveitado de forma satisfatória. O Amazonas, por exemplo, com 98% de sua cobertura vegetal original preservada, tem mais de 1,5 milhão de quilômetros quadrados de floresta tropical intacta que em quase nada contribuem com a economia do Estado, segundo o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Odenildo Sena. O Amazonas sobrevive da produção de motocicletas e aparelhos eletrônicos na Zona Franca de Manaus.
A importância da biodiversidade nas exportações brasileiras também é pequena e fragmentada, e muitos dos principais produtos do agronegócio não têm raízes na biodiversidade nacional. Os produtos mais exportados- soja, café, cana-de-açúcar, laranja, gado zebuíno - são espécies exóticas, trazidas de outros continentes e adaptadas.
Entre os produtos "nativos" do Brasil, o que mais pesa na balança comercial é a madeira, que tem provocado o desmatamento. Encontrar maneiras de transformar riqueza biológica em riqueza econômica sem acabar com a biodiversidade é um dos maiores desafios da ciência na Amazônia, onde vivem 25 milhões de pessoas que precisam sobreviver.
Mais de 50 mil espécies de plantas e animais já foram catalogadas na floresta amazônica, mas os cientistas estimam que isso represente, no máximo, 10% da biodiversidade do bioma. Para o pesquisador Alfredo Homma, economista da Embrapa Amazônia Oriental, em Belém, além de investir na descoberta de novos produtos, é preciso focar esforços nas espécies já conhecidas.
Os mercados da Amazônia estão abarrotados de produtos oriundos da natureza que não atingem escala industrial porque permanecem associados a sistemas extrativistas de baixo rendimento e pouco valor agregado, a exemplo do açaí e da castanha-do-pará. Na falta de tecnologia e de cadeias produtivas bem estruturadas, a região tem dificuldade para ir além do fornecimento de matéria-prima.
A solução, segundo os pesquisadores, passa por um esforço intensivo de desenvolvimento científico, tecnológico e industrial para agregar valor e qualidade aos produtos da floresta, para que eles sejam explorados de forma sustentável, mas também lucrativa.
"A pesquisa tem de ir além de descobrir o uso para alguma coisa, tem de ir até o manejo", afirmou Marcos Vaz, diretor de sustentabilidade da empresa de cosméticos Natura, à reportagem do Estado. O mesmo esforço que foi feito para desenvolver as indústrias da soja, da cana e de outras espécies exóticas precisa ser feito para os produtos nativos da Amazônia, dizem os pesquisadores.
Redação do Amazonia.org.br

terça-feira, 21 de julho de 2009

A Amazônia e as Cataratas do Iguaçu estão entre os 28 finalistas de uma pesquisa global para eleger as Sete Novas Maravilhas da Natureza. Entre os finalistas, anunciados hoje em Genebra, na Suíça, encontram-se também o Grand Canyon, nos Estados Unidos; a Grande Barreira de Recifes, na Oceania; o Mar Morto, localizado no Oriente Médio; e o Monte Kilimanjaro, na Tanzânia, entre outros locais de exuberante beleza natural.
A votação é organizada pelo suíço Bernard Weber, que recentemente coordenou a eleição das Novas Maravilhas do Mundo. A expectativa dos organizadores é de que a escolha das Sete Novas Maravilhas da Natureza atraia os votos de 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo.

Pode votar pela internet no endereço www.new7wonders.com.